Informação sobre gota, causas, sintomas e tratamento do gota, identificando seu diagnóstico e fornecendo dicas importantes sobre esta patologia, com dicas que possam permitir a cada pessoa minimizar o numero e duração das crises agudas de gota.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tratamento da crise aguda de gota

A crise aguda de gota é tratada com colchicina, antiinflamatórios ou a associação de ambos. Mas, tais produtos só podem ser administrados sob prescrição e orientação médica.
A automedicação nunca deve existir. Somente o médico está credenciado a tratar da gota em qualquer de suas fases. As instruções médicas devem ser rigorosamente seguidas.
A colchicina (Colchis) vem sendo usada no tratamento da gota há séculos.
Ela alivia a dor e a tumefação dos episódios agudos. Toma-se em geral na forma de comprimidos até a melhora dos sintomas. Essa droga funciona melhor quando se começa a tomá-la nas primeiras horas do episódio.
Caso a colchicina (Colchis) provoque efeitos colaterais, tais como: diarréia, náuseas e cólicas abdominais, deve-se interromper a medicação e notificar o médico. Para evitar episódios futuros, pode ser necessário continuar tomando uma pequena dose de colchicina (Colchis) após a resolução do episódio.
Utilizam-se também para aliviar a dor e a tumefação do episódio agudo de gota, os antiinflamatórios não-esteróides (AINEs).
Os inibidores seletivos da COX-2, como o celecoxib, o rofecoxib e, no Brasil, o etoricoxib constituem uma subcategoria de AINEs que podem ser mais seguros para o estômago.
As medicações corticoesteróides, como a prednisona, são semelhantes ao cortisol, hormônio que ocorre naturalmente no organismo e podem ser administradas via oral. Em determinados casos, os corticoesteróides podem ser injetados diretamente numa articulação inflamada para aliviar a dor e a tumefação de um episódio agudo de gota como por exemplo a triancinolona (Triancil).

Tratamento da gota

Em pacientes com gota o tratamento visa a eliminar as crises agudas e a correção da hiperuricemia subjacente. O tratamento deve também ser direcionado à reversão de quaisquer complicações que tenham se desenvolvido, levando em consideração quaisquer processos patológicos coexistentes.
É necessário evitar os fatores desencadeantes ou que propiciam a formação de ácido úrico suprimido: evitar a ingestão de determinados alimentos ricos em purina, a obesidade, vida sedentária e restrição alcoólica. Além disso, um aumento na ingestão de líquidos para otimizar a taxa de fluxo urinário e uma alcalinização da urina podem também ser benéficos.
As crises agudas de gota são geralmente controladas com colchicina, AINEs ou corticosteróides injetados no espaço articular. A colchicina e os AINES podem ser usados como tratamento profilático para prevenir crises agudas, especialmente ao instituir tratamento anti-hiperuricêmico.

Medicamentos utilizados no tratamento da gota

O tratamento deve ser adaptado para cada pessoa e pode necessitar de alterações de tempos em tempos. As pessoas que têm hiperuricemia, mas sem outros problemas, em geral, não necessitam de medicação.
Utilizam-se as medicações para:
  • aliviar a dor e a tumefação do episódio agudo
  • prevenir episódios futuros
  • prevenir ou tratar os tofos
  • evitar cálculos de ácido úrico nos rins
Por serem todas elas potentes, é preciso entender o por quê do uso dessas drogas, quais efeitos colaterais podem ocorrer e o que fazer se surgirem problemas.

Nutrição e gota

Quase todos os alimentos possuem ácido úrico (AU), assim uma dieta que restrinja seu consumo absoluto é praticamente impossível de ser realizada. No entanto, algumas medidas dietéticas devem ser adotadas:
  • evitar uma dieta hipercalórica, pois leva à obesidade que é um fator de risco para os portadores de gota;
  • evitar o consumo de gorduras ("colesterol");
  • evitar o consumo excessivo de álcool, sobretudo os fermentados (cerveja e vinho), pois podem desencadear a crise aguda;
  • evitar o uso diário de alguns alimentos ricos em AU (miúdos, frutos-do-mar, enlatados...)
  • aumentar a ingesta hídrica ('beber mais água");
  • tratar as doenças associadas, tais como a hipertensão arterial e o diabete melito.
Enfim, mantendo uma dieta mais saudável, o paciente terá uma melhor qualidade de vida.

Mitos e verdades sobre Gota

Gota é hereditária.
Mito - A gota é de causa desconhecida e se acredita que possa estar ligada a fatores genéticos. A gota de forma geral está relacionada a fatores predisponentes como: consumo de álcool, traumas, dieta rica em proteínas, uso de aspirina e diuréticos entre outros.


Gota atinge somente a articulação do dedão do pé.

Mito – O dedão do pé é o primeiro sinal da doença, se não tratada corretamente, atinge outras articulações.


Gota é uma doença de velhos.

Mito – É mais comum em adultos, mas, existem casos, isolados, da doença em crianças e adolescentes também.


Gota está relacionada ao consumo de álcool.

Verdade – O consumo excessivo de álcool acelera a produção de ácido úrico no organismo e, por conseqüência, a doença.


O ataque de gota pode ser desencadeado por consumo de carnes, miúdos e frutos do mar

Verdade - Excessos na ingestão de carnes, miúdos e de frutos do mar estão associados a um risco maior de surgimento de gota, a pessoa com gota deve ter uma dieta saudável, mas, sem exageros que se baseia na redução de alimentos ricos em purinas. Não se justifica a restrição de grãos, frutas cítricas e tomate, como muitos acreditam.


Obesidade está relacionada com gota.

Verdade – A obesidade é um fator conhecido por aumentar a concentração de ácido úrico no sangue, a perda gradual de peso em pacientes obesos é necessária para corrigir a hiperuricemia.


Mulheres sofrem de gota.

Verdade – A doença é mais comum em homens, mas, mulheres, principalmente as que já passaram pela menopausa, podem contrair a doença.


Gota tem cura.

Mito – Gota tem controle, cura ainda não. Algumas drogas estão sendo desenvolvidas e têm trazido bons resultados para o controle da doença.


Gota atinge outros órgãos do corpo.

Verdade – Na forma aguda da doença, a Gota pode atingir mãos, joelhos e outras articulações. Vale lembrar que se for diagnosticado precocemente e tratada, isso não acontece.


A hiperuricemia é sinônimo de gota.

Mito - Todos as pessoas com gota têm hiperuricemia, mas nem todos os hiperuricêmicos têm gota, o risco do desenvolvimento da gota aumenta com a elevação da hiperuricemia e da idade.




terça-feira, 11 de setembro de 2012

Alimentos que devem ser evitados por portadores de gota

Certos alimentos podem aumentar os níveis de ácido úrico. Para balancear sua dieta, consulte o nutricionista. Pode ser necessário reduzir as quantidades ingeridas dos seguintes alimentos:
  • Sardinhas, anchovas e frutos do mar
  • Aves domésticas e carnes
  • Miúdos (rim, fígado)
  • Legumes (feijão, soja, ervilha)

Dieta e gota

Há muitos mitos a respeito de dieta e gota. Eis os fatos:
  1. A obesidade pode estar ligada a altos níveis de ácido úrico no sangue. Se você estiver acima do peso, estabeleça com seu médico um programa de perda de peso. Não permaneça em jejum, nem tente fazer dieta muito restritiva, pois isso pode aumentar seus níveis de ácido úrico e piorar a gota. Se não estiver acima do peso, monitore cuidadosamente sua dieta a fim de evitar ganho de peso.
  2. Em geral você pode comer o que quiser com moderação. Se tiver cálculos renais devido ao ácido úrico, pode ser necessário evitar ou limitar alimentos que aumentem os níveis de ácido úrico, como os enumerados abaixo. Converse com seu médico ou com o nutricionista a respeito dos alimentos a serem evitados.
  3. Você pode tomar café e chá, mas deve limitar a quantidade de álcool que ingere. O álcool em excesso, especialmente a cerveja, o vinho e outros podem aumentar seus níveis de ácido úrico e desencadear um episódio de gota, por isso, caso você beba, não deixe de comunicar ao seu médico.
  4. Tome pelo menos 10 a 12 copos de 250 mililitros de líquido não-alcoólico por dia, especialmente se tiver cálculos renais. Isso vai ajudar a eliminar os cristais de ácido úrico do seu organismo.

Cuidados que os portadores de gota devem ter

Os portadores de gota devem ter cuidado com agentes que podem desencadear a crise, tais como traumas articulares e excesso de determinados alimentos (espinafre, tomate, álcool...). O único modo de evitar o aparecimento dos tofos é o tratamento regular sob orientação do REUMATOLOGISTA. Uma vez estabelecida a gota crônica (tofos), devem ser evitadas infecções locais, para isso é importante evitar traumas (por exemplo, usar calçados que não machuquem os pés) e , caso saia alguma secreção esbranquiçada do tofo, deve-se lavar a lesão com soro fisiológico 0,9% e fazer um curativo; além disso, o médico deve ser procurado para avaliar a necessidade de antibióticos para evitar um processo de osteomielite (infecção do osso).

Crise aguda de gota

É típico que as primeiras crises acometam somente uma articulação (85% dos casos).
Iniciam-se abruptamente, geralmente durante a noite ou de madrugada. A articulação envolvida torna-se dolorosa, quente, avermelhada e inchada. Pode ocorrer febre baixa.
As primeiras crises normalmente se resolvem espontaneamente em 3 a 4 dias.
Se a gota não for tratada com atenção desde sua primeira manifestação, é possível que a doença atinja outras articulações e se torne crônica, com crises permanentes. A chamada gota crônica é o estágio mais sério da doença, pois as complicações já se instalaram em outros órgãos do corpo, além das articulações. Neste caso, podem surgir por exemplo deformidades e defeitos irreversíveis nas articulações.

Quem pode ser afetado pela gota

A gota afeta aproximadamente 2,1 milhões de americanos. Pode ocorrer em qualquer idade, mas tipicamente afeta homens na faixa dos 40 a 50 anos de idade.
Antes acreditava-se incorretamente ser a gota doença de abastados, já que parecia ser causada pela ingestão de alimentos substanciosos e de excesso de álcool. Muito embora tenham seu papel nos episódios de gota, e como tal devem ser controlados, a dieta e o excesso de bebida não constituem a causa principal desse transtorno.

Diagnóstico de gota

Para diagnosticar gota, seu médico o examinará e pedirá que descreva seus sintomas.
O médico pode colher amostra de sangue para determinar os níveis de ácido úrico. Se seus níveis de ácido úrico no sangue estiverem elevados, isso não significa necessariamente que você tenha gota, da mesma forma que níveis normais não significam que você não tenha gota.
O médico pode colher líquido de uma articulação suspeita de estar afetada pela gota e pesquisar através do microscópio a presença de cristais de ácido úrico nesse líquido. O achado de cristais de ácido úrico no líquido articular constitui a forma mais segura de se fazer o diagnóstico da gota.

Causas de gota

Quase todas as pessoas com gota têm níveis aumentados de ácido úrico no sangue (hiperuricemia).
Há muitas pessoas, porém, que têm hiperuricemia mas não têm gota.
A hiperuricemia é causada por uma das situações seguintes, ou por ambas:
  • Os rins não conseguem livrar-se do ácido úrico com rapidez suficiente.
  • O organismo produz ácido úrico demais. 
O uso de certos diuréticos pode causar hiperuricemia.
Utilizam-se os diuréticos para livrar o organismo do excesso de líquidos e para diminuir a pressão arterial. Os diuréticos, entretanto, podem comprometer a capacidade dos rins de eliminar o ácido úrico, aumentando desse modo os níveis de ácido úrico no sangue.
Podem também desempenhar papel importante na hiperuricemia e na gota as características hereditárias e fatores como dieta, peso e uso de álcool.